(10/12/2005)

Entrevista Com Ni Amorim

 

1. Qual o balanço da temporada?

 

Não foi um ano positivo, salvo a experiência adquirida que pode ser útil no futuro. Pelo menos assim o espero.

 

2. Quais as expectativas que tinha à partida e quais os objectivos que tinha em mente?

 

Sinceramente, as expectativas eram altas pois a equipa que escolhi tem um vasto palmarés e até já ganhou Le Mans pelo que o meu objectivo era lutar pelo título. No entanto, as coisas não viriam a jogar a meu favor.


3. Uma vez que os resultados ficaram à quem do esperado, pode falar-se em desilusão?

 

De certa forma sim, pois trabalhei muito no Inverno no desenvolvimento do carro em conjunto com a equipa e isso não viria a transformar-se em bons resultados.


4. O que é que correu mal?

 

A fiabilidade do motor foi o nosso único problema. Ao nível do chassis estivemos sempre competitivos e não tenho duvidas que teríamos tido muitas alegrias se o motor colaborasse.


5. Que lições tirar desta época?

 

Que nem sempre o que parece é! Na teoria tínhamos um bom motor, bons pneus, bom chassis e bons técnicos ou seja tudo para dar certo e afinal as coisas não correram tão bem. A nível de motor tivemos o envolvimento oficial da Mechacrome que como se sabe já foi a responsável pelos motores Renault da F1.


6. Face ao que se passou, continua a considerar ter sido esta a melhor opção?

 

O futuro a Deus pertence e posso capitalizar no futuro esta experiência.


7. Que outras opções e quais as razões da escolha que foi feita?

 

Queria correr com protótipos e só o tinha feito uma vez com uma equipa de fábrica. Esta experiência com a Oreca fascinou-me apesar de na altura poder ter optado pela Scuderia Itália com um 550 Maranello. Teria sido mais fácil montar o projecto. Mas como quem não arrisca não petisca…


8. Qual o melhor momento do ano?

 

Foi sem dúvida o segundo lugar nos 1000 km de SPA e os meus turnos de condução em Nurburgring em que fui o mais rápido em pista


9. E o pior?

 

A participação nas 24 horas de Le Mans. Desistimos muito cedo, foi uma pena, pois estávamos teoricamente bem preparados e com uma promessa de um motor fiável e com uma boa performance.


10. Quais os projectos para 2006?

 

Existem algumas hipóteses mas ainda é cedo para decidir. Estão a surgir campeonatos novos na Europa que podem ser uma hipótese. No entanto repetir a ELMES era algo que não me importava de fazer. Até porque gostava de superar a minha prestação deste ano.


 

(12/01/2004)

Três perguntas a... Ni Amorim

1 – Depois de uma temporada de 2003 em que se dividiu entre o Campeonato FIA de GT e o Campeonato de Espanha de GT, qual o panorama que neste momento se afigura como mais provável para 2004?

R.: O que se afigura como mais provável é a tentativa de participar num campeonato internacional da forma mais competitiva possível. Esta é neste momento a minha principal prioridade, estando em contacto com dezenas de equipas dos mais variados campeonatos de todo o Mundo.

2 – O novo campeonato LMES (Le Mans Endurance Series) é uma boa oportunidade para voos mais elevados. Está nos seus horizontes enquanto piloto profissional?

R.: Na minha opinião, este vai ser um dos principais campeonatos, pois é o único que assegura inscrições para Le Mans, no fundo, o que mais interessa às equipas com mais meios. Gostava de participar no LMES numa boa estrutura. Tenho a certeza de que, pelas equipas que estão já pré-inscritas, vai ter sucesso garantido.

3 – Em Espanha o Campeonato de GT possui equipas de fábrica que, este ano, poderão aumentar, abrindo novas perspectivas e novos lugares para mais pilotos. Poderá ser um deles?

R.: O Campeonato de Espanha vai crescer. As marcas estão finalmente a envolver-se, o que vai ser bom para os profissionais, mas mau para os privados. Estou neste momento em contacto com equipas e duas marcas. Se Espanha for o meu destino, espero que as marcas representadas no meu País me ajudem, pois caso contrário vão existir apenas pilotos espanhóis a ocupar os bons lugares. Na realidade, para mim a única coisa que me interessa é ganhar, não importa onde!


 

(16/07/2003)

Três perguntas a Ni Amorim

1. Qual o balanço que faz deste ano no FIA GT?

R: "O balanço não é positivo, pois em cinco provas a minha melhor classificação foi um 5º posto. O que é manifestamente pouco quando as minhas expectativas eram mais ambiciosas."

2. Em termos de futuro, acha que o Saleen vai evoluir o suficiente para lhe permitir lutar pelas vitórias? A Graham Nash Motorsport está a corresponder às suas expectativas do início da temporada?

R: "Tenho a certeza que sim. O carro é bom no campo do chassis e da aerodinâmica. Faltam-nos testes e melhores pneus, com os quais podemos ganhar 1 segundo por volta, o que nos tornaria competitivos. Acho que os problemas de fiabilidade estão resolvidos e temos a partir de agora um motor novo, com 7 litros de cilindrada, mais potente, o que nos vai ajudar. Se tudo correr bem, ainda podemos subir ao pódio este ano.

Quanto à equipa, estava habituada a campeonatos nacionais de GT e este campeonato tem um nível bastante mais alto, pelo que a equipa está gradualmente a adaptar-se às exigências do campeonato FIA de GT."

3. Acredita que um carro como o Saleen seja suficientemente competitivo para conseguir lutar pelos bons resultados? Segundo a sua opinião, qual o carro a bater no FIA GT?

R: "O carro é competitivo, mas é preciso trabalhar muito para explorar todo o potencial que o carro tem. O melhor carro do campeonato FIA de GT é o Ferrari 550 Maranello."

 


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